quinta-feira, 21 de abril de 2011

O CAMINHO DESCONHECIDO!

Julian acordou no meio da noite e não viu Penélope ao seu lado. A luz do corredor estava acesa, mas nenhuma movimentação indicava a presença de alguém no restante da casa.
Julian levantou-se, passou pelo corredor, chegou até à sala e viu que a porta da frente estava entreaberta, deixando o vento entrar brincando com a cortina. Olhou para fora e viu que o sol já se preparava para nascer. Desceu as escadas e cmainhou um pouco mais até a areia e viu os rastros da amada. seguiu-os até o lago. As marcas acabavam a beira d'água...
Um súbito desespero tomou conta do peito de Julian. Ele ficou por horas olhando as águas do lago sendo tingidas de ouro pelo sol matutino.
Um pequeno lenço o quel ele havia presenteado Penélope tremulou preso a um arbusto. Julian pegou-o, sentiu o cheiro do perfume ainda fresco. Enchugou uma lágrima solitária, colocou o lenço no bolso e após olhar para a água por toda a manhã, voltou vagarosamente para casa. Fechou a porta e fez uma oração. Não sabendo qual nem para quem. Simplesmente fez uma oração!
O rádio ligado tocou milhares de canções naquele longo dia e Julian, prostrado à varanda do seu quarto olhava o horizonte que recebia novamente o sol. Desjou não sonhar nunca mais. Desjou perder a memória, os sentidos, a razão! Desejou morrer! Desejou ter ódio. Uma imensa raiva o fez transpirar e ele prometeu nunca mais amar. Teve pen de si mesmo e teve vergonha da autocompaixão exagerada.
Saiu da casa e não fechou a porta nem as janelas. Caminhou longos passos, parou e olhou para trás. Virou novamente e seguiu caminhando por uma pequena trilha solitária e suja, a qual nunca havia passado. Seguiu vagarosamente sem parar. Deixou a casa aberta, o rádio ligado o fogo na lareira. Simplesmente deixou...e seguiu trôpego por aquele caminho desconhecido.

Playlist:

Rascall - What hurts the must
Rascall - Stand
Jota Quast - O que eu também não entendo