segunda-feira, 15 de março de 2010

DA SÉRIE: "Aconteceu comigo"

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Saindo do escritório depois de um dia normal de trabalho esperei o tempo passar um pouco para não ter que enfrentar um trânsito infernal na volta pra casa. Enfim, porta trancada, chamei o elevador. Em poucos minutos aquela voz artificial anuncia "quinto andar".
Certifiquei-me que o elevador estava realmente em meu andar, pois já havia um homem populando o cubículo.
Entrei e apertei o botão de fechar porta. Seguimos viagem até o quarto andar, quando o outro passageiro soltou um arroto!
E alto!
E soprou depois!
A princípio eu não acreditei como uma pessoa arrota alto dentro de um elevador com outro estranho dentro e ainda dá um soprinho? Era pra espalhar o cheiro do tempero do almoço????
Estávamos no quarto andar e eu tinha algumas alternativas das quais só lembrei quando chegamos ao térreo:
1 - apertar o botão do 3 ou do 2 andar e descer correndo para vomitar
2 - ficar calado e respirar a comida do almoço e ainda tentar adivinhar em voz alta o que o meu colega havia comido
3 - apertar o botão de emergência e contar pra todo mundo o que aquele boçal havia feito

Infelzmente não fiz nada disso. Somente prendi a respiração e fui observando os números mudarem: 4, 3, 2, 1, P e ouvir novamente a voz metálica dizer: "portaria".

Saí correndo e consegui respirar novamente lá fora na porta do prédio!
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DA SÉRIE "Aconteceu com um amigo de um amigo"

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Ele foi renovar sua carteira de habilitação!
Chegou cedo à clínica para adiantar as coisas. Esperou 20 minutos até alguem vir atendê-lo e dizer que não tinha nenhum médico de manhã. ele voltou na hora do almoço. Estavam todos em horário do almoço. Ele voltou no meio da tarde, dando tempo para todos retornarem. E pensou q à tarde seria melhor para encontrar todo mundo. Mais 20 minutos e veio outra pessoa dizer que a clínica estava fechando!
Voltou ao Detran. Chegou num guichê sem filas e explicou o que aconteceu. A mulher escreveu num papel:
"muda ele de clínica."
E disse para ir ao guiche 01. A fila dava voltas pelos corredores.
Até hoje ele está com a carteira vencida!.
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quarta-feira, 10 de março de 2010

PARA ABRIR PORTA

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1 -arranque o lacre
2 - aperte o botão vermelho
3 - force a porta
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.se o método falhar... grite!

quinta-feira, 4 de março de 2010

FORD (music) ECOSPORT

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Em um raro dia que assisti televisão acompanhei a interessante campanha do Ford Ecosport, mas o que mais me chamou atenção foi a música. O BG era envolvente e parecia realmente a trilha do último dia de vida do cara! E acho que se fosse o último dia da minha vida, seria também a minha trilha sonora!
E viva a internet!
Corri para saber quem cantava a tal música e descobri que se chamava " a 1000 miles away" e era de uma banda dos anos 80, chamada Hoodoo Gurus, da qual nunca tinha ouvido falar. E a música que eu mais gostei foi "Another World".

Adivinhem qual é a trilha da minha vida nos ultimos dias?

Aproveitem HOODOO GURUS

- 1000 miles away
- Less than a feeling
- Another world
- My girl
- Out that door

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quarta-feira, 3 de março de 2010

ME AMA, ME AMA, ME AMA!

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e se a alma assim também me afronta
pedindo palmas pra sua inquietude
eu dou-lhe graças pelo faz-de-contas
e pago caro pela vida rude

e se o amor se mostra inseguro
pedindo ajuda para ser maduro
eu dou-lhe a alma e sua voracidade
e me delicio com o duelo impuro

e se me pedes um amor imenso
além do amor que me consegues ter
eu lhe prometo mais do que consigo
e faço o amor que queres receber

pega o seu amor e me pega de jeito
joga tudo fora e me joga no peito
mostra a sua alma despida, descalça
me leva pra lua e me tem na raça
mostra-me o que é meu e toma o que é seu

me ama, me ama, me ama... até meu respirar
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.Julián Carax
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GUIMARAES ROSA



"As coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores, diferentes e a gente necessita de abrir a cabeça para o total."

Guimarães Rosa
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terça-feira, 2 de março de 2010

COISAS DE RUA!

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Após um longo tempo fora de belo Horizonte eu estava de volta. Após sair com alguns amigos decidi ir embora. Sem carro e meio embriagado saí caminhando vagarosamente à noite, observando a cidade ainda viva. Olhei os prédios,as luzes, um cachorro que farejava um lixo.
.Passei pela Praça da Estaçao e num primeiro grupo de homens que moravam por ali mesmo seguia a seguinte discuso:

- Ow Zé! Fala pra ele do churrascão que eu fiz ali debaixo do viaduto no ano novo!
- Você fez, não! Nós fez! Retrucou o outro.

Eu continuava a caminhar e não conseguia acompanhar o desenrolar da conversa das pessoas, fazendo com que uma história fundisse coma próxima que viria. em seguida veio uma chamada no celular feita por uma mulher:

- Ooooii! Ow! Cê sabe se o Craudio... Cê sabe se o Craudio pegou minha moto aí pra consertar o pobrema na corrente?

Dentro do metrô:

- Pois eh! mas o "Cronos" é da Natura e o "Renew" é da Avon!

- A menina faz unha muito bem! Ela fez as unhas de todo mundo lá em casa. Foram 13 pessoas! Eu fui a última. Já era noite quando fez as minhas. E eu pensando comigo: isso não vai ficar bom. Ficou perfeita! Essa menina atende gente até da Savassi. Você precisa ver os carros que param na casa dela!

- Adoro a Rede Minas! Eu deixo a TV ligada o dia inteiro, só pra dar audiência!
- Mas você tem o aparelho medidor de audiência em casa?
- Não!

E os casos seguiram se fundindo até a minha descida na rua de casa! No trajeto ainda fui imaginando os termo que utilizados para conversar com alguém. Às vezes parece que as pessoas estavam de costas para as outras, pois sempre dizem:

- Aí, ela virou pra mim e disse...

Outras vezes o assumto parece estar ao contrário:

- Ela pegou, virou e me disse assim...


Um dia quando voltava do meu cooper, percebi um grupo de moradores de rua e catadores de papel sentados no chão, tomando cachaça e jogando conversa fora (pra catar depois?). Eles ouviam música num radinho e apreciavam nada mais do que Marisa Monte "Maria de Verdade".
Fiquei surpreso e comemorei o ponto para a cultura popular!
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