sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ACREDITE NO QUE QUISER!



Decidi pegar o ônibus em um ponto diferente do de costume, tentando variar um pouco os caminhos de volta pra casa!
Assim como eu, o sol tímido já encerrava o seu expediente deixando despontar somente sua cabeleira dourada por detrás dos prédios mal humorados das redondezas da Raul Soares. Próximo do mercado, aguardei pacientemente o meu ônibus ao som de Roberto Carlos, vindo de uma loja de discos, o qual abafava a Dona Jandira que tocava seu violão em meu MP3. Certamente presenciei um duelo belíssimo entre dois grandes cantores. O primeiro mundialmente conhecido; o segundo certamente no mesmo caminho!
Complementando a democrática confusão do centro, eis que surge do templo da Olegário Maciel um “cordeiro de Deus” distribuindo panfletos que convidavam para o culto da bênção das causas impossíveis. E neste mesmo panfleto, que destituía São Judas Tadeu, impressos alguns exemplos concretos da bênção divina:

Dona Maria“quitou suas dívidas com o banco, comprou um carro importado e fez uma viagem ao exterior!”
Dona Geralda“foi atropelada por um ônibus, os médicos disseram que ela ficaria paralítica, mas ela voltou a andar!”
Sr. Pedro“Comprou a casa própria e parou de ser humilhado!”
Sr. Geraldo“Tinha mais de 200 mil em cheques sem fundos. Cobriu todos os cheques e a empresa voltou a prosperar!”

Depois de ler todas essas resoluções de problemas, coloquei –me a analisar quais deles era realmente impossível. E ainda refleti sobre a denominação do termo “IMPOSSÍVEL”.
Para que não se queimasse pólvora em castelhano, aproveitando o tempo disponível até em casa, decidi analisar cada caso separadamente:

Dona Maria - na verdade é uma descontrolada! Gastou como bem entedeu, da maneira que quis em produtos “do mundo” sem sequer pensar em Deus! Quando se viu atolada em dívidas, largou tudo para correr para a igreja e pedir a Deus que resolvesse os problemas. Depois de tudo, ainda foi gastar o dinheiro fora do seu país! Caso fizesse o contrário! No lugar de gastar, pedisse a Deus prosperidade e lucidez, certamente teria poupado um bom dinheiro e não pagaria juros aos bancos!

Dona Gerlada – o que fazia fora da faixa de pedestres com o sinal aberto? Rezando ou orando certamente não estava! Voltou a andar, porque realmente haveria de ser e o motorista deu uma guinada repentina que poderia ter resultado em uma tragédia! Impossível seria evitar um desastre! E como bagaceira pouca não serve, nem toda fisioterapia é o bastante, nem um desastre não é tão difícil de causar!

Sr. Pedro – tinha orçamento para comprar um barracão, mas queria se endividar para comprar um apartamento de 3 quartos em uma área ótima da cidade! O mais fácil de todos os problemas: Falta de humildade e de reconhecer a real possibilidade!

Sr. Geraldo – faltou às aulas de administração, quase afundou a empresa devido à sua miopia empresarial, pagou uma fortuna em consultoria. Reeducou-se e conseguiu salvar a empresa.

Pronto!
Será que as causas eram realmente impossíveis?
O ser humano tem o horrível hábito de envolver Deus a todos os problemas e esquecer-se Dele ao primeiro sinal de prosperidade!
Se perdemos a crença nos homens, certamente perderemos a crença em Deus, pois somos a Sua semelhança! E se perdemos a crença em nós mesmos, perderemos todos os direcionamentos que nos levam a Deus.
Antes de levarmos nossos problemas para Deus, devemos fazer o sério questionamento: “Deus estava nos meus pensamentos quando tudo isso começou?”
Caso contrário, lamento muito, meu caro amigo! Não seja tão hipócrita de chamar o seu deus de amigo e entregar-lhe as cargas, como fazemos com os burrinhos. Arregace as mangas, e faça a sua parte. Encontre as soluções e resolva você mesmo! Mesmo que você tenha se esquecido de Deus, certamente você não foi esquecido por Ele! O tempo que você vai passar se lamentando, será o mesmo tempo que você gastaria pensando e se organizando! Busque Deus a todos os momentos e serás feliz!

Onde buscar?

Esta escolha também é sua! Mas cuidado com os deuses que nos oferecem por aí! Sempre olhamos para cima para tentar encontrá-lo, mas talvez estejamos olhando para o lugar errado.

Boa sorte!

Quando buscar, pelo menos ouça:

Dona Jandira - "Eu sou da vila"
Dona Jandira - Cantando Dalva de Oliveira e vários sucessos!
Roberto Carlos - "Amor Perfeito"

O QUE EU QUERO PARA MINHA VIDA TECNOLÓGICA!

Há muito tempo, mesmo antes de pensar em me tornar um comunicólogo, diferente de um comunicador, sempre me interessei por empresas que introduzissem uma característica humana em seus produtos e serviços. Sempre estive com as atenções voltadas aos produtos mais práticos e que realmente atendessem às minhas necessidades com clareza. Os computadores e celulares estão prioritariamente no topo desta minha lista. Fui familiarizado com o PC, mas o MAC passava em minhas idéias como um sonho distante.
Ainda possuo um PC por praticidade e falta de tempo para me habituar com um MAC, no entanto, não é este o ponto que eu pretendo abordar.
Quando você assistir aos vídeos poderá perceber que a nossa vida é repleta de escolhas, das quais quase 100% nos exigem certo desdobramento e muita resistência. E nem sempre este aviso vem como anexo!
Após assistir ao discurso de Steve Jobs, um dos criadores e diretores da Apple percebi que além da propaganda do produto, há um comercial em prol da vida e das escolhas que ela nos apresenta. Um comercial do ser humano e sua capacidade infinita!
Vale à pena perder 15 minutos!
Além de prosperidade eu quero um MAC na minha vida!
Senhoras e Senhores!
Steve Jobs!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

DAS FOTOS QUE EU NÃO TIREI!


Sempre tenho saudade das fotos que não consegui tirar, dos momentos que eu não fui capaz de capturar. Ou não estava com câmera preparada, ou não consegui nem levantar o braço diante tamanha poesia.
Resta somente descrevê-las do meu jeito, com a minha emoção. Elas estarão sempre comigo, no meu porta retratos particular, onde rotineiramente visito, relembro o exato momento em que a vi. E ali sempre tem uma história.

Lembro-me perfeitamente, indo de Recife para Rio Formoso (em Pernambuco), logo que o ônibus passou sobre uma ponte, observei lá embaixo um menino montado em seu cavalo negro, atravessando o rio e suas águas cor de barro. O negro do eqüino contrastou com o vermelho do rio. Com o corpo todo coberto, exceto o pescoço e sua crina na qual o menino se agarrava vorazmente, o animal fazia grande esforço, pois a correnteza não perdoava nada que ousasse desafiá-la transversalmente. Tal episódio durou uns 15 segundos. O motorista não parou para que eu observasse tudo isso, nem muito menos tive tempo para sequer pensar em câmera! A poesia ficou perdida por ali, sobre a ponte e aos poucos foi levada pelas águas do rio!

No dia em que eu voltava da casa de um amigo, passando por umas ruas desconhecidas, vi um garoto sentado em um toco de madeira, na porta da sua casa. Tinha um semblante triste e desanimado. Estava sem camisa e descalço. Comia vagarosamente uma pequena maçã e olhava o pouco movimento de carros na rua. O muro atrás dele trazia uma mensagem escrita sem capricho, cujo texto não consegui ler, e recordo que iniciava-se assim: “o sorriso perguntou para a lágrima...” Certamente é um poema popular, daqueles que as adolescentes costumam ter em seus caderninhos de anotações! A câmera estava logo ali embaixo do banco do carro, eu tive tempo para pegá-la, no entanto, parei no meio do caminho e decidi somente observar a cena imóvel por alguns minutos. Andei alguns metros, pensei em voltar, mas não o fiz. E dessa vez eu não sofri, pois não havia perdido uma foto, mas ganhado uma lembrança! Guardei a câmera, e segui o meu caminho! Antes de alcançar a esquina olhei pelo retrovisor e pude observar o garoto descendo do banquinho e entrando em casa.

Viajando pelas estradas do Maranhão, percorrendo os infinitos quilômetros entre os eucaliptais, as vistas já acostumadas com um verde predominante e insistente, beirando a monotonia. Não havia nada mais interessante a se olhar além do negro do asfalto e o verde das folhas. O céu limitava-se a apenas um quadrado azul escuro bem onde parecia que seria o fim da plantação, sendo na verdade somente uma pausa na idade das árvores, que criava uma diferença no tamanho delas e permitia uma leve mudança na paisagem. O rádio do carro tocava a seqüência de sertanejo do meu MP3 (eu também ouço sertanejo e vocês ainda vão se surpreender com a diversidade do meu acervo!) no momento em que me deparei com um Ipê gigantesco, majestoso, logo à margem da estrada. Suas flores amarelas desafiavam aquele verde dominante de uma forma tão desaforada que até pensei que seria realmente uma afronta! O amarelo era extremamente forte e fazia questão de roubar a cena, ali no meio do nada. Era realmente um magnífico duelo de cores que se equilibravam. Impossível passar por ali e não notar! Ah! Sim! Até lembrei-me de fotografar! 5 km depois...
Passei por ali mais 4 vezes e nunca fotografei. Somente apreciava...

Sob um sol impiedoso num domingo de agosto, às margens do Rio Tocantins durante uma visita a um povoado quase a salvo das mesquinharias humanas e suas modernidades “corrompedoras”, ocorreu outra cena mágica. Enquanto apreciava o tradicional maranhense e muito gelado “Guaraná Jesus”, observando os banhistas e as pessoas que ali se divertiam no rio e nas barracas de sapé, um homem estranho me abordou oferecendo seus artesanatos. Seus olhos muito claros eram misteriosos e sua pele tinha uma cor diferente. Principalmente da minha amarelada falta de sol. Enquanto apreciava os colares, brincos e pulseiras percebi que uma moça bem jovem havia se acomodado numa rede ao lado. Nos seus braços uma linda criança! A jovem também era de uma beleza natural particular. Tinha os cabelos lisos como as índias, porém tinha a pele clara. Os olhos negros, vivos e curiosos.
Sem nenhum constrangimento a jovem amamentava sua cria bem ali, no meio de uma confusão de sons, músicas, gritos e falas! Eu me sentia menos à vontade tomando o meu refrigerante do que ela dando peito para o filhote!
A câmera estava ligada em minhas mãos! Bastava posicionar e clicar! Até me atrevi a olhar, posicionar, ajustar o foco e me deleitar com mais uma linda foto! Simplesmente não disparei! Não fiz nada! Nem abaixei a câmera, nem tirei a foto! Somente observei maravilhado, em silêncio, a cena que se apresentava! E ali ficamos por algum tempo assim parados no tempo. A criança com o leite e eu com o meu guaraná, até o momento em que a foto desapareceu lentamente nos braços da avó que acabara de chegar!

E assim foram algumas dezenas de fotos que se foram!
E assim serão outras milhares que virão e eu não vou capturar! E estas sempre são mais valiosas, por serem livres, efêmeras e particulares!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

ALUCINÓGENO!


Um frio nada agradável ensaiava suas primeiras aparições. A cidade passava incolor pela janela molhada por uma chuva discreta, porém insistente desde a noite anterior. .
Ele inclinou a cabeça preguiçosamente, aproveitando a curva e aproximou-se do vidro para observar o movimento externo, enquanto sua respiração quente embaçava a vidraça. Levou a mão para clarear e ao invés disso, não resistiu ao clichê de desenhar um coração e as duas iniciais, cortadas por uma flecha.
Novamente fez inúmeros vídeotapes mentais para tentar suprir a saudade.
Desceu do ônibus e não sabia nem onde estava. Simplesmente desceu por instinto! Queria descer... E desceu...
Tentou olhar as horas, mas isso não fez nenhuma diferença naquele momento!
A ausência dela cortava o peito como a mais afiada das navalhas e o fazia cego no meio da rua, como um cão sem dono a vagar em ruas sujas, por lugares pouco habitados! As pessoas não tinham rosto, as lojas não tinham vitrines, os vendedores ambulantes não tinham vozes, os carros passavam silenciosamente pelas ruas e avenidas. Nada era interessante! O mundo naquele momento havia perdido o sentido! Os pés eram dormentes e pisavam no chão indefinido, irregular que também não tinha a menor importância.
Em algum momento de lugar algum, após perambular sem destino e sem a mínima vontade de encarar a solidão da casa, ele parou e ouviu ao longe um toque de um chacoalhar. Seguiu o som agudo e ritmado e viu um mendigo balançar um pandeiro e cantar uma canção triste que falava de saudade!
Num autêntico plágio de Bob Dylan, ele pediu ao homem que dedicasse essa canção a ele, de coração partido e agora sem rumo, como no trecho de “Mr Tambourine Man”.
Após o pedido e ouvir a canção desafinada, assim como aquela manhã, sentiu um alívio no peito, levantou os olhos e viu ao longe um homem que vendia algodão doce colorido. Seguiu o movimento ondulado do mastro multicolor, ensaiando um sorriso tímido. Seguiu a rua ainda sem destino, a procura de no mínimo uma explicação para sentir-se junto, mesmo estando longe!
Enquando seguia a rua, todos que passavam em direção contrária, sorriam e cantarolavam:
"Hey! Mr. Tambourine Man, play a song for me, I'm not sleepy and there is no place I'm going to. Hey! Mr. Tambourine Man, play a song for me, in the jingle jangle morning I'll come followin' you.
...Far from the twisted reach of crazy sorrow.Yes, to dance beneath the diamond sky with one hand waving free, Silhouetted by the sea, circled by the circus sands,With all memory and fate driven deep beneath the waves, Let me forget about today until tomorrow."

"Hei! Senhor Tocador de pandeiro, toque uma canção paramim, não estou dormindo, e não há lugar onde eu possa ir. Hei! Senhor Tocador de pandeiro, toque uma canção paramim, na aguda manhã desafinada eu o seguirei.

..Longe do alcance distorcido da tristeza insana. Sim, para dançar sob o céu de diamantes com uma mãoacenando livremente,em silhueta para o mar, circulado por areiascirculares, com toda a memória e destino navegando profundamenteabaixo das ondas, deixe-me esquecer do hoje até amanhã."


Ouça a música e sonhe com o que quiser:

Bob Dylan - Mr. Tambourine Man



Vem




"vem
vem colorir meus dias e fazer dos seus braços meu abrigo para as noites
vem me dizer que o mundo tem graça, que a vida é melhor quando estou com você
vem fazer meu riso com o seu e me trazer serenidade e magia
vem me mostrar o que é romance com suas surpresas
vem me ensinar a ouvir o barulho do vento e do bater do coração
vem me ensinar a sentir o cheiro da chuva do jeito que você sente
vem me ensinar a ver a luz do sol como você vê
vem falar de casa, de cachorro, de casamento, de amor
vem me fazer de você e ser feliz
vem me ajudar a ser melhor, a fazer o que te faz bem
vem me mostrar como ser para você tudo aquilo que você é pra mim
vem"
J.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

VIRTUAL MUSIC VIDEO

Este é um novo experimento!
E Vocês leitores são as minhas cobaias!
Todo mundo sempre faz videoclipes na cabeça quando ouve alguma música! E dedico esse texto ao Richard, à Valu e ao Diegão, meus leitores que smpre fazem isso também! Pelo menos não sou um louco sozinho! Eu fiz um, escrevi aqui e com as músicas quero induzir vocês ao meu videoclipe escrito. Sigam as instruções e boa leitura!

INSTRUÇOES DE LEITURA:
* Baixe as músicas e as coloque em seu tocador (caso não as encontre, me peça!). Importante não ler antes de ter as músicas!
*Inicie o texto e não passe para a próxima fase antes do final de cada música!
*Caso finalize o trecho antes do final da musica, crie suas imagens em sua mente!
*Comente depois se deu certo!
Boa história!

01 - Coldplay – Lost
02 – Men at Work – Land Down Under
03 - Coldplay – Life in Technicolor

PLAY NA MÚSICA O1 - Coldplay – Lost

Ele calçou o seu tênis com mais pressa do que o habitual aquela manhã. Saiu sem tomar café em direção ao velho fusca 79 branco que o aguardava na garagem. Tirou o carro da garagem e quase se esqueceu de trancar o cadeado.
Ambos tiveram vários amores, no entanto, nenhuma paixão... Ela, engenheira metalúrgica, que abraçara grande oportunidade no exterior. Ele, publicitário em uma pequena agência na capital!
Foram obrigados e se separar, em função de suas carreiras profissionais, mas, agora tudo havia voltado à tona com o retorno dela ao Brasil. Ele se recordava muito bem do mesmo trajeto que fizera para levá-la ao embarque. Lembrou de todos os detalhes dos bons momentos que passaram juntos!
O percurso não era o que o levava para o trabalho, mas sim o caminho do aeroporto novamente! O processo inverso do doloroso dia da despedida era feito sob uma emoção maior que antes. Um sorriso largo estampava o seu rosto, enquanto o olhar distante buscava um passado não muito longe de um grande amor que havia partido. Chegara o dia do reencontro! Os passeios, as viagens juntos, os costumeiros beijos no olho, o sorriso raro que ele dava somente para ela, um dia simples no supermercado, um sorvete à tarde, o dia de chuva na rua e tantos outros bons momentos!


PLAY NA MÚSICA 02 - Men at Work – Land Down Under
Os sinais coincidentemente fechados, simbolizavam um boicote, justamente no dia especial! Tudo acontecia e conspirava contra! Um velhote guiando um calhambeque antigo, rodando a 30km/h como se somente ele estivesse no mundo; uma excursão de crianças atravessou a rua exatamente no momento em que o sinal ia abrir. Mais 5 minutos de espera! Uma liquidação de uma loja de eletrodomésticos criou um alvoroço e diminuiu o trânsto! Um caminhão de lixo, uma passeata do greenpeace, uma flash mob... tudo ao mesmo tempo! Enfim, após uma eternidade o pequeno “beatle” seguiu pela estrada pouco movimentada, cortando alguns carros mais vagarosos. Era inevitável não fazer suposições e imaginar milhares de fotogramas soltos sem nexo, após 5 anos cuja distância havia esfriado um grande sentimento.
Buscava no rádio uma canção apropriada. Impaciente, nada encontrou!
De repente, um grande estrondo o tirou de seus devaneios à medida que o veículo diminuía a velocidade. Algo havia acontecido. Um forte cheiro de queimado invadiu o carro! Desesperado, procurava o motivo da avaria, aparentemente sem solução imediata! Sujou as mãos de óleo e graxa, voltou ao banco do motorista numa tentativa desesperadora de reanimar o velho carro que naquele momento já era visto como um traidor que nem valeria R$ 10,00 na feira do Mineirão!

Fechou o carro e nem insistiu em aventuras mecânicas, posicionou-se atrás do fusca e com o dedo polegar virado para trás, pedia carona aos que passavam ignorando-o.
Controlou-se para não ser tomado totalmente pelo desespero, mas os carros passavam sem parar. Num suspiro de desistência, abaixou o braço, deu alguns passos até a frente do seu fusca. Encarando-o com certo desprezo, percebeu o semblante desesperador e desanimado no reflexo do pára brisas. Era o fim! Tanto tempo de espera havia ficado ali no meio da estrada!
Decidiu então correr os 2 km que faltavam! O sol escaldante não teve compaixão até fazê-lo parar e apoiar as mãos nos joelhos numa resignação! Caminhou mais alguns passos forçados para alcançar uma sombra de uma pequena árvore à margem da rodovia! Quase chegando lá, um jovem garoto com uma bicicleta passa por ele levando um caixote de frutas no compartimento frontal. Ele chama o garoto e pede uma carona. O garoto concordou, desde que não tivesse que pedalar!

PLAY NA MÚSICA 03 - Coldplay – Life in Technicolor

Ele tomou logo o banco da bicicleta, colocou o garoto no compartimento frontal da bicicleta, com o caixote de frutas sobre as pernas . Seguiram uma leve subida, mas parecia que o tempo para eles passava em slow motion e a cada pedalada, mil quilos eram acrescentados. E numa mistura de alucinação ele viu um velho barbudo, trajando um terno rasgado e surrado com uma placa de papelão escrito “Love!”. A grande aeronave prateada, azul e vermelha cruzou o céu bem baixo sobre eles. Uma vendedora de flores de cabelos brancos acenava com um discreto gesto com a cabeça. Um guarda de trânsito parou todas as vias e os permitiu que transitassem livres com a bicicleta! E assim seguiram até o saguão do aeroporto, já com os olhos úmidos, correu para o portão de desembarque.
As pessoas já saíam e ele não sabia se as pernas trêmulas eram de ansiedade ou de cansaço. Suponho que um pouco de cada uma!
Enfim, ela apareceu no portão, tão linda! Tão avassaladoramente linda que ele teve certeza do seu imenso amor!
Sua face queimava incontrolavelmente enquanto ele abria espaço entre as pessoas que esperavam os seus entes. Uma pequena clareira se abriu e no meio de bolsas e malas espalhadas pelo chão e eles se abraçaram lentamente após se olharem por algum tempo, certificando-se de que aquilo era real! As lágrimas eram presentes, junto com o beijo e o meio sorriso dele! O público que os rodeava se tornou espectador de uma grande história de amor que se reiniciava ali! Todos aplaudiam e umas mulheres choravam também! Um casal de idosos que desembarcava, parou para aplaudir e trocar carícias, embalados pelo momento, ali mesmo no saguão frio e impessoal do grande terminal.
O garoto da bicicleta, o guarda de trânsito e o piloto da grande aeronave aplaudiam logo ao lado! A vendedora de flores trouxe uma rosa vermelha para cada um deles.
E ali mesmo eles prometeram nunca mais se separar!
E claro!
VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!
Faça você também a suas história de amor cm trilha sonora!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

TUDO ACONTECE EM "MINDTOWN"



Por que seria entediante ter vida eterna?
Para quem se embriaga com a vida, isso seria um presente!
Ver tudo, passar por tudo, conhecer tudo, presenciar as mutações humanas... e mesmo assim ainda ter expectativas e ânsia de viver mais!
No entanto, ser forte para suportar a efemeridade de tudo alheio a você!

O dia amanheceu ensolarado e deu sinais de que continuaria assim. Da janela da academia, bem de manhã, observei uma faixa dourada iluminando os prédios do centro da cidade, por onde eu passaria em breve. Definitivamente essa não era a Belo Horizonte que se vê nos últimos dias.
Passando pelo centro, as pessoas estavam mais agitadas, feito baratas fora da toca!
Permaneci com minha impaciência e indiferença até quando uma freada brusca do ônibus fez meu coração disparar. Foi então que vi uma senhora maluca atravessando a rua, sozinha, com o sinal aberto, como se estivesse no jardim da casa dela!
Não era mal vestida, nem mendiga! Simplesmente ignorava qualquer outra forma de vida à sua volta! Sua graciosidade e elegância nos gestos das mãos e na forma de andar me fizeram pensar que havia algo errado ali!
Era uma senhora cujo juízo havia se perdido em algum lugar. Daí comecei a criar suposições sobre o motivo para perda da tal razão: uma queda; uma doença; excesso de medicamentos; ou até mesmo um uma desilusão amorosa! E assim fui me deliciando com a desgraça dos outros, imaginando a beleza de se ficar louco por amor!
Amar até perder os sentidos! Ter uma overdose de amor a ponto de não mais saber quem és e onde estás... Novamente, eu e minhas suposições e “roteirices” cinematográficas fui descendo a rua com meu mais novo filme na cabeça seguindo o lado oposto da velha apaixonada, cujo amante teve um destino duvidoso!
Minha estória não teve final, tal qual esta aqui, cujo propósito se perdeu na freada do ônibus e nas músicas as quais eu ouvia no trajeto.
Mas o que eu acabara de inventar era somente a existência de um abrigo para pessoas que ficaram loucas de amor. Onde elas poderia contas suas diversas e lindas histórias de amor!
Se você está propenso a morar nesse meu abrigo, faça sua inscrição aqui e eu certamente me lembrarei de você no: (ALA) Abrigo dos Loucos de Amor!

O QUE TOCAVA EM MEU MP3:
Zeca Baleiro - Proibida pra mim

Trilha do Filme Crepúsculo:
MuseSupermassive black hole
Paramore Decode
The Black GhostsFull moon
Linkin ParkLeave out all the rest
Iron and WineFightless bird, American mouth
Carter BurwellBella`s Lullaby
Spotlight - Mutemath

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

PRECISA-SE DE UM SORRISO!

Hoje de manhã alguém comentou no ônibus: -Tá um calor de chuva! Vai chover hoje!
Certo de que em Belo Horizonte nem precisa ser vidente para saber se vai chover, pois chove todo dia mesmo!
Nem me apeguei mais às exclamações alheias, pois minha revista e meu MP3 já reclamavam atenção de dentro da mochila!
Assunto de hoje: Obama!
Sai Bush, entra Obama! E todos os clichês lulistas acompanhados da célebre frase: “nunca antes na história desse país...” poderia ser completada com “somewhere over the rainbow...” e intercalar as duas frases algumas vezes! Na segunda, pelo menos deve ter um pote de ouro no final desse tal "rainbow"!
E o “Lanterna Verde” * já tem vários problemas a resolver! Uma crise, uma guerra e um gigante descontrolado. Um presidente negro com seus adolescentes brancos, ricos, alienados que matam em escolas! Diferente do nosso presidente branco e seus adolescentes negros, pobres, mal instruídos que roubam e matam pelas ruas!
E eu nesse momento de leitura, deixei de lado minha revolta contra o sistema... Bah! Que sistema? Sistema Brasileiro de Televisão! Somente por ter uma péssima programação e colocar uma Shirley Temple cover para discutir com o Silvio?
Fodam-se os sistemas! Todos eles! Inclusive as pessoas sistemáticas!
E num súbito, dei sinal, desci um ponto antes do usual e fui andando pela rua decidido a tomar um caminho alternativo para chegar ao escritório! Não apressei o passo e fui olhando as pessoas apressadas e sem expressões nas faces. Eram todas iguais! Zumbis correndo de um lado para o outro com suas cabeças vazias!
Espere! Um sorriso!
Isso mesmo. Um sorriso! Vindo de uma mulher que empurrava um carrinho cheio de papelão! Suja, com um ar sofrido, sorrindo!
Apertei o pause! Queria ter apertado o pause para o mundo todo!
As pessoas ainda sorriem?
Virei a esquina com o nível de esperança com bônus de dois pauzinhos!
Antes de aprendermos a fazer qualquer coisa, seja política ou outra atividade, temos que aprender a sorrir. Temos que voltar a sorrir!
Temos que dar bom dia!
Temos que apreciar o pôr-do-sol e o nascer dele!
Temos que viver! Simplesmente viver!
Lulas, Obamas e qualquer outro super-herói.... Sorriam, pelo amor de Deus!
Sorriam...

E no meu MP3 tocava:

Israel Kamakawiwo’ole – Somewhere Over the Rainbow
Jason Mraz – Curiosity
Jason Mraz – I’m yours
Karsh Kale - One Step Beyond
Karsh Kale – Distance

VÍDEOS DO OBAMA NO YOUTUBE:
Yes we can - -Um vídeo interessante Produzido e dirigido por Will I AM (do Black Eyed Peas), Jesse Dylan (filho de Bob Dylan) e Mike Jurkovac.
American Prayer - -Boa produção do Bono Vox e Dave Stewart


* Obama bem que parece mesmo o Lanterna Verde da Liga da Justiça! Hauahuahuahuahuahuaha! Isso acaba com a graça de qualquer expressão, mas eu tenho que explicar, para quem não conhece o lanterna verde, ou para quem não conhece o Obama (vide foto).

HISTÓRIA DAS ESTÓRIAS DE TIO WALDÍVIO

- Acho que você tem estrume no lugar do cérebro!
- Sua imaginação é muito fértil!
- De onde vem tanta inspiração?

Se não fosse produtor, seria roteirista para desenho animado!
Se não fosse nada, seria no mínimo contador de estórias!
Somente penso!
E recordo de infinitas coisas, desde quando as lembranças ainda era em preto e branco, e , logo depois bem foscas.
Lembro-me bem dos reis, rainhas, príncipes e princesas de um longínquo reino. Onde os dragões e tantos outros monstros tinham o papel fundamental de promoverem os heróis e fomentarem os casamentos.
Eram festas luxuosas com muita fartura! Duravam dias e sempre alguém conhecido nosso era convidado, mas, devido à sua falta de modos, tinha a testa alvejada por um pote de doces. E eles ficavam carecas para sempre! Por isso que os carecas são carecas! E tio Waldívio pessoalmente foi a uma festa dessas e se meteu com o pote de doces da princesa! E para compovar, a gente tinha que lamber a careca do careca e saber se ainda tinha doce!
As charadas, cujas respostas duravam dias para serem descobertas aguçavam minha curiosidade!
E assim eram os bons momentos da infância sob supervisão do Tio Waldívio, o meu melhor contador de estórias.
Assim como a mãe do pequeno Batman, ele povoou a minha imaginação com seus contos mágicos, cuja magia ainda surte efeito. E nunca haverá de acabar!
Foram inúmeros dias incríveis que passei na casa dele, sempre que meus pais viajavam!
E hoje, restam a lembrança e a saudade!
Daí a origem das minhas maluquices e invenções! Minha vida já era cercada de ficções e grandes estórias cinematográficas!
Obrigado, Tio Waldívio!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

FORA DE FOCO

“o caminho então são nossas experiências...já tive muitas tbm, mas acredito q para ter todas as q sonho e desejo ter, precisaria talvez ter nascido há 10 mil anos atrás e viver pelo menos mais um 100 anos...luz...”
Copiei isso do Diegão e tive a impressão de ter escrito isso, pois minha ânsia pela vida é assim mesmo... tão avassaladoramente “highlander” que me causa uma certa estafa! E tal entusiasmo e sinceridade eu percebi no "about me" do orkut do Richard...

Mas nem era isso que eu pretendia postar hoje e me surpreendo com tal comentário oportuno!

Enfim, novamente dentro do ônibus, numa manhã belorizontina abafada, duvidosa entre chuva e sol, eu, alheio aos movimentos externos, mergulhado em minhas leituras itinerantes, cujo tema no momento era o novo álbum do Bob Dylan (já estou buscando as músicas e elas serão cidatas oportunamentes aqui!). E meu MP3 Babel, me deparo com uma agradável música, cuja sonoridade é quase indefinível e certamente impossível de determinar uma época.
A banda Little Joy acabara de tomar certa importância em minha atenção sempre conflituosa com a paciência e o mau humor! Afinal, é merecedor de atenção alguém que produz algo legal na música!
Novamente desviei o foco para falar de coisas interessantes!
Portanto, à essas alturas meu ponto já havia quase passado, mas consegui dar sinal a tempo para o motorista parar em frente ao sacolão! Deveria eu comprar maçãs para o lanche e novamente, desviado do meu objetivo, percebi uma mulher e duas crianças saindo do estabelecimento no qual eu entraria. E você, antes de chegar até aqui se pergunta: O que isso tem de especial? Uma mulher e duas crianças saindo de um sacolão! Agora esse cara apelou! Enlouqueceu de vez, ta usando drogas e anda vendo coisas!
Quase certo, exceto pelas drogas!
Uma das crianças, um garotinho, usava uma máscara do Batman e portava uma sacola ecológica! Era só a máscara. Não tinha capa nem cinto de utilidades. A Mãe dele – nesse caso, “Mãe” vem com letra maiúscula mesmo – tem um mega bônus com Deus! Ela não privou o filho da bela fantasia de achar que é um super-herói e ainda contribuir para que o planeta seja um pouco limpo!
Desceram a rua como se fossem só eles e o pequeno Batman com ar de soberania e poder. Sua sacola ecológica continha vários itens de utilidade prontos para agirem, caso os sonhos comecem a se tornar ineficazes! Logo em seguida, o menino herói pára e pede auxílio à Mãe para ajustar a sandália! Alheio ao mundo e a mim, o trio seguiu seu caminho, rumo à mais uma dura missão!
Metros depois eu não havia comprado maçãs, e nem me dispus a voltar. Parei na rua e fiquei olhando o heroizinho desaparecer rua abaixo.
As músicas rolavam em meus ouvidos como atenuantes e trilhas para os milhares de filmezinhos que faço a todo momento.
Seria necessário chegar a alguma conclusão do fato antes de adentrar no hall do prédio. Daí pensei: seria realmente necessário? E cheguei à uma única conclusão: Nunca devemos deixar de sonhar, de ser criança! E nunca poderemos perder a esperança!

O que tocava em meu MP3 no dia? Uma sequencia entorpecente do LITTLE JOY

LITTLE JOY - Brand New Start
LITTLE JOY - Unattainable
LITTLE JOY - Shoulder to Shoulder
LITTLE JOY - No One’s Better Sake
LITTLE JOY - Keep Me in Mind

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

EXPERIÊNCIA DE VIDA

Já tomei banho de chuva, sem medo de ficar resfriado,
Já nadei em rio poluído sem medo de pegar verme,
Já passei horas vendo minha avó fazer flor,
Já caí do cavalo mil vezes. E levantei outras mil,
Já chorei em despedida e em reencontros,
Já chorei em final decisivo do campeonato de hipismo,
Já chorei ouvindo música no ônibus,
Já liguei pra casa só pra falar que estou com saudades,
Já dei gargalhadas sem motivos,
Já perdi o vôo e fiquei sem dinheiro longe de casa,
Já tive torcicolo brincando de cambalhota,
Já tive caxumba, catapora e dor de garganta,
Já corri atrás de quem não merecia um passo meu,
Já chupei brazinha até adormecer os beiços,
Já fiz rodízio de picolé na sorveteria de Edvaldo, que nem é mais dele,
Já acordei à noite e quase morri de medo do escuro,
Já peguei caminho errado e cheguei ao lugar certo,
Já ouvi música até dormir,
Já parti sem olhar pra trás, e, outras vezes, olhei até desaparecer na curva,
Já tomei multa por estar errado,
Já roubei manga,
Já peguei ônibus errado e fui até o ponto final,
Já viajei muito sozinho e voltei cheio de amigos,
Já viajei com amigos e me senti sozinho,
Já estive no meio de milhões de pessoas e senti a falta de apenas uma,
Já comi comida ruim, fazendo cara boa,
Já cortei o dedo com faca, descascando côco,
Já ralei o joelho e o cotovelo em tombos no meio da rua,
Já quis ser veterinário, super-homem, piloto e palhaço. Só não fui Veterinário!
Já tive uma casa na árvore,
Já fiquei entalado com biscoito água e sal,
Já sofri com a morte do meu cachorro,
Já rolei na lama, brincando de luta,
Já apostei corrida de bicicleta na rua São Geraldo
Já escrevi uma carta, coloquei numa garrafa e joguei no mar,
Já desfilei em 7 de setembro,
Já matei aula pra tomar uma gelada numa segunda-feira de manhã,
Já fiz mesquinharia e me arrependi,
Já fiquei preso em elevador,
Já prendi o dedo na porta do carro,
Já voei de Hercules C 130 da FAB,
Já tive um cavalo branco que se chamava "neve",
Já comi farofa e pulei até vomitar,
Já engasguei com refrigerante e arroz, até sair pelo nariz,
Já engasguei com bala SOFT,
Já bebi vodka com groselha até perder os sentidos,
Já comi pimenta, sabendo que ia arder muito,
Já brinquei de 0 a 100, valendo pinga e paratudo,
Já fiz rodízio de picolé na praça pensando que a sorveteria ainda era de Edwaldo,
E ainda falta muita coisa...
Qual sua experiência?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

DO CULT AO BREGA EM 2 CLICKS

Ultimamente o comportamento e o gosto pessoal vêm, na maioria das vezes, rotulados!
Usar óculos quadrados, vestir bermudas ou calças xadrez, freqüentar cafés, gostar de livros e bons filmes, dentre outros hábitos, agora é chamado de “CULT”.
Maldito seja o Legião Urbana que iniciou a rotulação descrevendo as vidas de Eduardo e Monica nos anos 80!
Não estou defendendo os “CULTS”, os odeio tanto quanto repudio as rotulações. Estou defendendo o gosto livre. Os “CULTS”, assim como os PUNKS e outras culturas alternativas querem ser diferentes, no entanto, viram moda e tornam-se um bando de carneirinhos iguais de diferentes. Trancam-se num mundinho de vocabulário próprio e dizem-se intelectuais com assuntos chatos regados a Cabernets e cervejas exóticas long necks!
Argh! Simplesmente nojento! (isso merecia um parágrafo!)
Não há nada de mal curtir filmes do Godart, um bom vinho e um bom café! Mas daí tornar isso uma filosofia de vida blindada à qualquer outra alternativa de vida é uma extrema burrice!
Cheguei ao ponto de me policiar para não me transformar num “CULT”, pois para mim, só faltavam os óculos quadrados.
Gosto de bons livros, bons vinhos e bons filmes e raramente freqüento cafés! Minha salvação é o fato de eu também gostar (graças a Deus) de enlatados americanos com seus tiroteios e explosões; esbaldar-me num vinho extremo doce de R$4,99; ouvir e baixar no meu MP3 músicas bregas ao lado de músicas clássicas, e clássicos dos anos 80!
Consigo transitar sem sofrimento e preocupação entre todos os estilos e extrair deles o que me agrada.
Minha mais nova descoberta foi a Revista BRAVO da Editora Abril! Um mundo de informações paralelo ao fútil/ necessário de CARAS.
Nada mal para uma lista do que é interessante entre livros, filmes, teatro e artes plásticas. Assim como em toda publicação, passo reto em algumas matérias e perco minutos em outras!
O interessante da vida é saber absorver o que nos agrada.
Cultura, não é como uma receita de remédio que um médico aplica ao paciente. Nunca direi para alguém que ela deve alugar a coleção do Chopin e ouvi-la durante um dia inteiro de folga. Falo somente por mim do que eu gosto e desgosto! E mesmo assim não sei quanto tempo meu apreço por tal evento vai durar.
Freqüento normalmente o Belas Artes, assim como, posso morar no Cine Cidade! O que é bom e o que é ruim, quem decide sou eu! Não preciso de um crítico para me dizer: “assista o filme! Não assista o filme!”
Transitar entre Floras, Donatellas (diga-se de passagem, uma revolução na dramaturgia brasileira) e os clones da Record evangélica; Aviões do Forró e Bob Dylan,é um exercício interessante. Daí posso realmente escolher o que é bom e o que é ruim, de acordo com o meu gosto!
E assim levo a minha simples vida, fazendo uma simples triagem do que é realmente interessante! E assim indico o melhor do Cult e do brega, ambos essenciais!

REVISTA BRAVO – QUALQUER EDIÇÃO ( EDIÇÃO 137 fala sobre obras inéditas de Vinícius de Moraes)

LIVROS:
A Feiticeira de Florença – Companhia das Letras – 408 págs – R$ 54,00
O Tradutor – Rocco – 192 págs – R$ 27,00

CD:
Cangaço Urbano – Banda Baiana de Mangue Beat – Produção independente – R$ 10,00 (Rangel)

FILMES:
Apenas um sonho - Drama ( EUA, Inglaterra – 2008)
Glória ao Cineasta - Comédia ( Japão – 2007)

MÚSCIAS AVULSAS:
Aviões do Forró – liguei só pra ouvir tua voz
Companhia do Calypso – meu amor é todo seu
Dire Straits – romeo and juliet
The Strokes – you only live once
Elvis Presley – burning love
Frank Sinatra – the way you look tonight

Comentários sobre os livros e os filmes eu tenho mais detalhados! As músicas eu tenho todas! Qualquer coisa entrem em contato!

Bom divertimento!