terça-feira, 25 de agosto de 2009

PORTA RETRATOS!


Enquanto fazia uma lista das crônicas que pretendia escrever, parava por alguns instantes para olhar as atualizações dos meus amigos no Orkut. Deparei-me com uma foto interessante na página de Delano. Ali estávamos reunidos num aniversário. Sorridentes e felizes como qualquer jovem! Não tive a sensação de que “parece que foi ontem”. Tive saudade! Suponho que a mesma saudade que os idosos sentem pela juventude, salvas as devidas proporções.
Fui repassando por cada rosto sorridente e não notei diferença entre aqueles adolescentes e os adultos de hoje. Tentei inutilmente relembrar o exato momento em que a foto foi tirada, mas lembro-me perfeitamente do dia em que ganhei aquela camisa com desenhos em quadrinhos na estampa; da roupa de Danielle; do cabelo inconfundível de Cibele e dos óculos de Hermann.
Ah! O tempo!
Não o chamo de cruel, porém o considero rigoroso, permitindo-nos somente olhar para trás enquanto marchamos ritmados pela vida. Dá-nos o doce gosto da lembrança coberto com o amargo da saudade.
Há pouco tempo quando estive em Rubim fui visitar Tia Ieda, mãe de Hermann. Foi difícil não me emocionar ao ouvi-la dizer que há alguns dias havia encontrado um brinquedo nosso enterrado no quintal, após quase 20 anos. Entendi o que Indyana Jones sentia em cada descoberta!
Sou capaz de relembrar todas as brincadeiras no quintal de terra; das aventuras de monstros e naves espaciais; de ferroramas e playmobil; de bancos e programas de TV.
E hoje a maturidade nos cobra um alto preço. Tira-nos o a possibilidade de encontrar os amigos, os velhos amigos!
Há mais de 10 minutos diante daquela foto, tive a segurança de que dali viria uma geração não muito diferente da nossa: Saudável e sonhadora, como toda criança deve ser para se tornar um adulto sensato.
Desejei ainda que certamente Delano transmitisse à Marina toda intelectualidade e firmeza; que Cynthia doasse à Sophia toda delicadeza e franqueza e a deixasse um dia, amarrar seu cabelo ao da amiga e passear sorridente pela rua; quero muito que Cibele deixe Giovana saber a importância de ser autêntica. De Marcela espero que a pequena Anauá possa ser tão apaixonado pela vida e por cavalos; e Danielle, por favor, permita que Luiza e Marina escrevam cartas para concursos de sucos ou margarinas e sonhem em ganhar o prêmio.
A todos os velhos amigos meu grande abraço! E saibam que eu nunca deixei de sonhar!

Um comentário:

  1. Poxa, é até difícil comentar. Simplesmente obrigado. Fique com Deus, pois pessoas como você são muito dignas dele. Abraço.

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