quarta-feira, 8 de abril de 2009

SERÁ CULPA DO CROSS FOX?


Enquanto a dona da loja mais chique do país se debate entre as grades da cadeia, um novo fenômeno brega, lindo, absoluto, acaba de chegar em seu Cross Fox!
Stefhany não é o resultado de uma imposição da mídia massificante. É exatamente o contrário! O resultado de uma massificação imposta à mídia, já seduzindo o Gugu e batendo às portas do Faustão, sem jabá...
Todos querem Stefhany, pelo seu jeito simples de fazer sucesso e nem mesmo ainda saber o que está acontecendo.
Sem gravadora, sem produtora, sem nada... Se não é oficial. Não sofre com pirataria! Produção de mídia sob encomenda. Será que estamos no início de uma nova era da distribuição musical no mundo? O que está acontecendo com os meios populares de comunicação? A internet atualmente é o meio mais popular indiscutivelmente! As lan houses do Norte e Nordeste estão lotadas! Grande parte dos internautas acessam o youtube para ver a “Barbie” brasileira em seus vídeos caseiros cujos clichês são inspirações para milhares de jovens!
Versões de grandes sucessos com letras interessantes e rimas fáceis ensinam o que é acessibilidade para os que se dizem mais cultos. Não faço apologia a nada! Somente discuto a facilidade de produção. Qualidade e bom gosto não entram neste quesito. Stefhany dá ao povo o que ele realmente quer: Diversão! E não vejo nenhum mal nisso! Ela fala de amor, de sonhos e de diversão! Em seu hit mais famoso (Eu Sou Stefhany) ela dá um passeio em seu carro dos sonhos!
O mundo é injusto! Somos obrigados a pagar caro por um carro, por uma peça de roupa, mas não podemos falar os nomes das marcas!
Assim como há muito tempo o Rei Roberto Carlos já entrou no seu Calhambeque, os Mamonas viajaram o país na Brasília amarela, a Angélica só andou de taxi, Stefhany dá sim várias voltas no seu Cross Fox, canta isso e mostra pra todo mundo que ela tem um carro bonito! E – desculpando o meu francês – fôda-se a Volkswagen! A melhor publicidade do ano! Se eu pago caro por algum produto, logicamente, ele me pertence. Dessa forma posso fazer o que quiser com ele. imaginem só se numa mesa de bar com os amigos: "Comprei um carro novo! Mas não posso falar a marca nem o modelo. Isso é publicidade sem autorização. O fabricante pode me processar! Por isso também tive que colocar essa tarja preta na marca da minha camiseta!"
Ridículo!
Sem nunca ter assistido "Triller" ela chama as amigas e faz o seu clip no meio da rua! Danças descoordenadas e edições medíocres mostram que os milhões de dólares gastos em megaproduções de clipes não são tão necessários quando o seu público não é tão exigente!
Em suas outras músicas ela segue falando sempre amor, na maioria das letras de melodias dançantes e recusa a ser comparada a qualquer outro grupo. Não se inspira em Banda Calypso nem em cantoras de Axé. Apenas faz o que acha que deve fazer!
Os vídeos caseiros do youtube ousam mostrar um cotidiano de qualquer jovem brasileiro com fortes doses de breguices bem feitas e sem maldade!
Aqui está o perfeito exemplo da expressão “se melhorar, estraga!”
Stefhany mostra pra esse “povinho” o que é uma comunicação de massa e de “povão” sem vulgaridade! É brega! É muito brega! Quem não gostar do estilo, nem passe perto. Mas se você não tiver preconceitos, delicie-se!
Veja quem quiser ver, goste quem quiser gostar!
Absolutamente original!
Sim! Ela também toca em meu MP3! Eu já havia dito que o meu tocador de músicas é um baú de loucuras e experiências variadas! E na verdade, dizer que é comunicólogo apreciador dos meios mais populares de comunicação é uma forma sofisticada de dizer "eu gosto de brega"!
Putzs! Eu nem tenho um Cross Fox! Nem Fusca, nem nada!


Onde assitir:
Stefhany - Cross Fox

O que escutar:

Stefhany - O que passou passou
Stefhany - Diga o quer de mim
Stefhany - Madrugada
Stefhany - Cross Fox

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