quinta-feira, 5 de março de 2009

PARA PENELOPE ALDAYA

Amada Penelope,

Hoje senti como o “Anjo de Brumas”, o solitário número 32 da Avenida Del Tibidabo!
Mas, assim que senti os seus braços me envolvendo, toda frieza se esvaiu como num passa de mágica.
És tão terna e carinhosa que rogo a Deus se sou merecedor de tanto cortejo. O que será de mim sem teus beijos, sem teu carinho, sem teu perfume?
Meus ouvidos suplicam por sua voz sussurrando carinhos, meus cabelos imploram os seus dedos macios, minhas costas desejam suas mãos protetoras.
Eu desejo o seu ser em mim, dando-me vida diária e ocupando todo o meu pensamento. A velha Bharcelona é sua súdita e adormece com o seu canto poderoso, enquanto eu caio em seu encanto. E todo dia fico maravilhado com a mulher que vejo, com o amor que tenho, com os doces beijos, com a fúria louca de tempestades em dia de sol. E me apaixono a cada dia por cada mulher que descubro em ti, pela rebeldia inesperada e pelo carinho quente que sempre vem disfarçado nos momentos geniosos.
Veste chita florida e traz o mundo em seu olhar. Me estremeço com o roçar de seus lábios e o entreabrir dos olhos que dizem ternuras sem falar!
Não perca sua selvageria em troca de bajulações!
Seja sempre o que és e eu te amarei assim mesmo e por isso mesmo!
Tenho-te sempre comigo!
Sempre!
Com amor,

julián carax

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