quarta-feira, 3 de junho de 2009

BELO HORIZONTE - centro


A Timbiras me pareceu sombria. A Rio de Janeiro mais deserta. A Augusto de Lima já sem vida agonizava entregando seus poucos pedestres aos ônibus que desciam.
A vida desacelerava num ritmo gostoso de uma Belo Horizonte do século passado. Eu também diminuí o meu caminhar para olhar o que acontecia enquanto passava pelas ruas quase frias do centro.
Os operários instalavam grades, um casal remodelavam a vitrine de uma grande loja de departamentos, um gato averiguava desconfiado alguns sacos de lixo na porta de um velho hotel.
A majestosa Afonso Pena surgiu em minha frente e sorriu-me uma brisa gelada. O viaduto de Santa Teresa flutuava sobre mim enquanto eu caminhava pelas ruas iluminadas por lâmpadas amarelas, sem pensar em muita coisa importante, sendo levado pela sensação acolhedora exalada pela velha cidade.
A metrópole preparava-se para receber os usuais habitantes da cidade noite.
O amanhecer chegaria frio com seus longos cabelos dourados entrelaçados preguiçosamente aos prédios da cidade dia pronta para receber os seus filhos apressados, estressados e suas sirenes impacientes de todos os dias iguais!

O QUE TOCAVA EM MEU MP3:

BOY SETS FIRE – Rookie; Cavity; The Fine Art of Falling

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